Bota teve que superar contratempos e levar caneco na marra

Com zagueiros no ataque e Tite de olho, time de Alberto Valentim, que trocou duas peças por conta de lesões, teve a bola, mas gol salvador teve que sair no abafa

Imagens do título do Botafogo sobre o Vasco
(Foto: Wagner Assis/Eleven)

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De um lado, Zé Ricardo, 46 anos e já com um título no currículo. Do outro, Alberto Valentim, 43 e em busca de seu primeiro caneco. No camarote, Tite, 56 anos e a maior referência como técnico no país. E será que o comandante da Seleção Brasileira saiu satisfeito do duelo tático no Maracanã, palco do heroico título do Campeonato Carioca do Botafogo diante do Vasco, no pênaltis?

Se não fez um partida brilhante, o time de Valentim deixou a garra aflorar e chegou à disputa de pênaltis depois de tanto insistir nas bolas alçadas - ao todo, foram 42 cruzamentos na área vascaína. Apenas sete foram certos, sendo que o último, já com Carli e Igor Rabello como centroavantes, no desespero, a bola sobrou para o argentino permitir que Gatito Fernandéz brilhasse em seguida. 

Por falar no goleiro paraguaio, ele vinha tendo muito trabalho com o Vasco. Ao longo dos 99 minutos, Tite esteve muito perto de assistir ao Cruz-Maltino abrir o placar, pois conseguiu criar as melhores chances. No entanto, o último minuto reservara o tal lance de Carli, já eternizado na história dos Cariocas.

Tite certamente contemporizou a atuação instável do Botafogo. Não só pelo bem armado time de Zé, mas também por Valentim ter que mexer em duas peças ao longo da peleja: Moisés e Luiz Fernando saíram para as entradas de Gilson e Rodrigo Pimpão, sendo que o segundo entrou ainda na etapa inicial. 

Tite
Tite no camarote do Maracanã (Foto: Marcello Neves)

A dificuldade na criação foi sentida. Embora tenha liderado o quesito passes certos no jogo, Renatinho, com 45, mostrou que ainda precisa ser mais efetivo por dentro para municiar o ataque. Mais uma vez, a bola pouco chegou à feição para Brenner, e depois para Kieza, que entrou na vaga de Marcelo, outra vez com atuação ruim.

Um fato curioso, contudo, anima Valentim visando o restante da temporada, ainda mais com o gás do caneco na bagagem: em todos os quatro jogos contra o Vasco no Estadual, a posse de bola botafoguense foi bem superior. 


No último, 62% para o time que necessitava alijar a desvantagem e que na base da garra, sobretudo, conseguiu. Agora a tranquilidade - deve - reinar para afinar o primordial setor do meio-campo para desafios maiores, algo que ocorreu na Seleção logo no início do trabalho de, adivinha, Tite, que seguramente aprovou.

TIME QUE ENCERROU CONTRA O VASCO

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