Ataque do Botafogo rende menos que a defesa e incomoda, mas nem tanto

Jogadores querem mais gols, mas valorizam vitórias, invencibilidade e a defesa sólida. Centroavantes receberam propostas, mas, agora, só para o Campeonato Brasileiro

Campeonato Carioca-Fluminense x Botafogo (foto:Cleber Mendes/LANCE!Press)
Titular do Botafogo, centroavante Ribamar tem dois gols pelo time profissional (foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)

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Há quem diga que não é possível ser perfeito, mas essa é a ambição de todas as equipes. Boa campanha, depois o título, com invencibilidade, melhor defesa e ataque mais positivo. Porém, o setor ofensivo tem sido o menos produtivo do eficiente time do Botafogo até agora. São 14 gols marcados em dez partidas disputadas - média de 1,4 por jogo - e as vitórias magras se tornaram uma constante da equipe alvinegra. O volante Bruno Silva, responsável pela vitória sobre o Madureira, entende que é preciso evoluir, apesar de ver a equipe no caminho certo.

- É lógico que precisamos melhorar. Temos que estar pensando grande, mas não está errado, estamos ganhando. Eu, particularmente, não me incomodo. Futebol é resultado. Tem muita coisa para melhorar ainda e estamos melhorando. Os atacantes têm ajudado bastante na marcação e, daqui a pouco, nós (marcadores) vamos entender que temos de ajudá-los também. Vai sair naturalmente, com trabalho - entende o volante alvinegro.

O Glorioso tem recebido elogios pela consistência tática e pela defesa forte (vazada apenas quatro vezes no Campeonato Carioca). O ataque, porém, já era uma preocupação no processo de montagem do elenco. Sem Navarro, que não renovou, e sem Henrique, que se desligou do clube pela Justiça, o comando de ataque virou prioridade. Gustavo Canales, da Universidad de Chile, e Rafael Moura, chegaram a receber propostas. O primeiro não foi liberado, apesar do desejo de atuar no Brasil. O segundo, antes no Internacional, foi contratado pelo Atlético-MG e emprestado ao Figueirense.

Sem eles e com o prazo de inscrição no Estadual já encerrado, Luis Henrique começou o ano como titular e, atualmente, Ribamar é o dono da camisa 9. Ambos tem 18 anos, por isso, apesar de promissores, são considerados jovens para tamanha responsabilidade. Cada um já marcou dois gols este ano. Neilton, que não é centroavante, tem um.

Para o Campeonato Brasileiro, muito provavelmente um centroavante será contratado. Mas enquanto ele não chega, o Botafogo vai se ajustando para aliar o equilíbrio tático e a consistência defensiva a uma força maior no chamado "último terço do campo".

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