STF decide que presidente do Atlético-GO não vai a juri popular por morte de radialista

Ministro Lewandowski anulou decisão do juiz Lourival Machado, e deu parecer favorável a Maurício Sampaio. O dirigente é acusado de ter participado da morte de Valério Luiz

mauricio sampaio ATLÉTICO-GO
Divulgação Atlético-GO

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski anulou a decisão de mandar o presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio, a júri popular pela morte do radialista Valério Luiz, em 2012, em Goiânia. O magistrado argumentou que a participação do acusado, que responde ao processo em liberdade, não ficou clara na decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

Valério Luiz foi morto por seis tiros, ao deixar a Rádio Jornal 820, no Setor Serrinha, em Goiânia. O juiz Lourival Machado, da 2ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida, mandou Sampaio, a júri popular pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe mediante recompensa e adoção de meio que impossibilitou a defesa da vítima. Ele é acusado de ser o mandante do crime.

O ministro Ricardo Lewandowski anulou o pedido do magistrado, argumentando que “o paciente, denunciado como mandante de um crime de homicídio, não teve sua participação descrita nos fundamentos da decisão de pronúncia, nem sequer minimamente”.

Maurício Sampaio disse, em entrevista ao G1, que se sentiu aliviado com a nova decisão de Lewandowski e que se sentia injustiçado durante o processo.

- Me crucificaram desde o início. Eu clamo por justiça há cinco anos e agora sinto que a justiça está sendo feita com essa decisão, que não atropela a Lei - afirmou o dirigente.

A assessoria do Atlético-GO não quis pronunciar, porque entende que o caso se trata de um assunto de ordem pessoal do presidente do clube.

O filho da vítima e advogado assistente da acusação, Valério Luiz pretende pedir ao Ministério Público Federal (MPF) que entre com recurso na decisão.

O crime teria sido motivado pelas críticas que o jornalista fazia à diretoria do Atlético-GO. 

Além de Sampaio, também foram acusados de envolvimento no crime: Urbano de Carvalho Malta, Ademá Figueiredo, Marcus Vinícius Pereira Xavier e Djalma da Silva. Atualmente, nenhum deles está preso.

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